Desculpem a minha recente falta com o blog.
O deixo por um tempinho e um monte de coisas se acumulam... Estou devendo muitas respostas de comentários e postagens de meme aqui... Além de ir nos blogs e avisar sobre os selinhos deles! Meu Deus minha vida ta tão bagunçada e acho que isso se reflete no blog. Esperem só mais uma semaninha e responderei a tudo que não respondi e postarei o que falta.
Agradeço a todos
Bjs
MaNa
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Será
Será que gosto de você?
Será que o amo?
Será?
Meu Deus!
Será...Mesmo?
Como não vi antes?
Como ninguém me disse antes?
Ou será que disse?
Meu Deus!
Eu não ouvi?
Tem certeza?
Você me ama?
Será?
Ou tudo é pura ilusão como já foi antes?
Será?
A mesma pergunta se repete diversas vezes sem respostas concretas: Será?
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Selinho novo!!!!
Obrigada Mr. Celedonio!!!!
Assim como todo selo/MEME, este também possui suas regras, aqui estão elas:
1ª Regra = Repassar o selo para 15 pessoas e avisá-las;
2ª Regra = Responder as Perguntas.
Perguntas;
Nome: MaNa
Uma Música: Dois Rios - Skank
10 Coisas sobre mim:
Amo ler ( um vicio compulsivo)
Adoro escrever
Detesto falsidade
Já escrevi um livro mas só quem leu foram alguns amigos.
Guardo muito papel.
Viciada em coxinha.
Sou fã de Harry Potter e Piratas do Caribe.
Quero Conhecer a Inglaterra
Tenho neura com porta aberta
Amo meu blog e sériados diversos.
Gosto de animes e mangás!
Não vivo sem um projeto para fazer.
Humor: Indefinido
Cores Favoritas: Preto, Braco e Azul.
Um Seriado: Vários estou na duvida aqui... Pushing Daises
Frase ou Palavra mais dita por você: Nenhuma especial... De tempos em tempos eu sismo com uma frase nova... Rsrsrs
O que achou do selo: Amei receber. Adoro selos e agradeço a Mr.Celedonio por me enviar mais esse!
Indicados:
http://www.contosbela.blogspot.com/
http://www.thebestyptt.blogspot.com/
http://walkonthemoonx.blogspot.com/
http://www.amorimortall.blogspot.com/
http://wwwcoisinhas4you.blogspot.com/
http://friendsperfection.blogspot.com/
http://chocoomel.blogspot.com/
http://www.ideiasquevem.blogspot.com/
http://onlygirlintheworld-isa.blogspot.com/
http://www.livrinhovermelho.blogspot.com/
http://cantinhodeumagarota.blogspot.com/
http://palavrasquenuncate-direi.blogspot.com/
http://meninaarteirajulia.blogspot.com/
http://www.s2meh.blogspot.com/
http://tthingsinlife.blogspot.com/
Assim como todo selo/MEME, este também possui suas regras, aqui estão elas:
1ª Regra = Repassar o selo para 15 pessoas e avisá-las;
2ª Regra = Responder as Perguntas.
Perguntas;
Nome: MaNa
Uma Música: Dois Rios - Skank
10 Coisas sobre mim:
Amo ler ( um vicio compulsivo)
Adoro escrever
Detesto falsidade
Já escrevi um livro mas só quem leu foram alguns amigos.
Guardo muito papel.
Viciada em coxinha.
Sou fã de Harry Potter e Piratas do Caribe.
Quero Conhecer a Inglaterra
Tenho neura com porta aberta
Amo meu blog e sériados diversos.
Gosto de animes e mangás!
Não vivo sem um projeto para fazer.
Humor: Indefinido
Cores Favoritas: Preto, Braco e Azul.
Um Seriado: Vários estou na duvida aqui... Pushing Daises
Frase ou Palavra mais dita por você: Nenhuma especial... De tempos em tempos eu sismo com uma frase nova... Rsrsrs
O que achou do selo: Amei receber. Adoro selos e agradeço a Mr.Celedonio por me enviar mais esse!
Indicados:
http://www.contosbela.blogspot.com/
http://www.thebestyptt.blogspot.com/
http://walkonthemoonx.blogspot.com/
http://www.amorimortall.blogspot.com/
http://wwwcoisinhas4you.blogspot.com/
http://friendsperfection.blogspot.com/
http://chocoomel.blogspot.com/
http://www.ideiasquevem.blogspot.com/
http://onlygirlintheworld-isa.blogspot.com/
http://www.livrinhovermelho.blogspot.com/
http://cantinhodeumagarota.blogspot.com/
http://palavrasquenuncate-direi.blogspot.com/
http://meninaarteirajulia.blogspot.com/
http://www.s2meh.blogspot.com/
http://tthingsinlife.blogspot.com/
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
domingo, 18 de setembro de 2011
Dizer
Não vou dizer que não pensei.
Não vou dizer que não sofri.
Não vou dizer que não amei.
Só vou dizer que faria tudo outra vez.
Gente desculpa a falta de postagens. Ando muito sem tempo, mas não esqueci do meu bloguinho!!!!
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Livro da Vida
Sabe quando o tempo passa e você sente que perdeu uma coisa que não poderá recuperar? Que cada momento feliz que se passou parece apenas um sonho? Que nada foi verdadeiro?
Olho para meu passado e não me sinto feliz.
Olho para mim mesma e me pergunto o que fiz de grande na minha breve vida.
Sou feliz?
Sou triste?
O que sou de fato importa? O mundo não vai parar quando eu me for, mas no entanto não consigo deixar de pensar que sou a personagem de um livro. A personagem principal que se perde no enredo. Será que já cheguei no clímax na história? Quantas páginas mais vou durar? Em alguma delas ei de me encontrar?
São perguntas, pensamentos que se perdem na multidão de palavras que consistituem o meu livro. O livro de minha vida. A história que é contada por alguém ou por ninguém que nunca vai me dizer o fim, a não ser quando a ultima página chegar e o meu mundo finalmente ganhar um final feliz ou triste, não que isso importe, só o que necessito é saber o fim.
sábado, 10 de setembro de 2011
Tempo Perdido
Tempo Perdido
Legião Urbana
Todos os dias quando acordo
Não tenho mais
O tempo que passou
Mas tenho muito tempo
Temos todo o tempo do mundo...
Todos os dias
Antes de dormir
Lembro e esqueço
Como foi o dia
Sempre em frente
Não temos tempo a perder...
Nosso suor sagrado
É bem mais belo
Que esse sangue amargo
E tão sério
E Selvagem! Selvagem!
Selvagem!...
Veja o sol
Dessa manhã tão cinza
A tempestade que chega
É da cor dos teus olhos
Castanhos...
Então me abraça forte
E diz mais uma vez
Que já estamos
Distantes de tudo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo...
Não tenho medo do escuro
Mas deixe as luzes
Acesas agora
O que foi escondido
É o que se escondeu
E o que foi prometido
Ninguém prometeu
Nem foi tempo perdido
Somos tão jovens...
Tão Jovens! Tão Jovens!...
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Crônica de Luis Fernando Verissimo!
Grande Edgar
Já deve ter acontecido com você.
- Não está se lembrando de mim?
Você não está se lembrando dele. Procura, freneticamente, em todas as fichas armazenadas na memória o rosto dele e o nome correspondente, e não encontra. E não há tempo para procurar no arquivo desativado. Ele está ali, na sua frente, sorrindo, os olhos iluminados, antecipando a sua resposta. Lembra ou não lembra?
Neste ponto, você tem uma escolha. Há três caminhos a seguir.
Um, o curto, grosso e sincero.
- Não.
Você não está se lembrando dele e não tem por que esconder isso. O “Não” seco pode até insinuar uma reprimenda à pergunta. Não se faz uma pergunta assim, potencialmente embaraçosa, a ninguém, meu caro. Pelo menos não entre pessoas educadas. Você devia ter vergonha. Não me lembro de você e mesmo que lembrasse não diria. Passe bem.
Outro caminho, menos honesto mas igualmente razoável, é o da dissimulação.
- Não me diga. Você é o... o...
“Não me diga”, no caso, quer dizer “Me diga, me diga”. Você conta com a piedade dele e sabe que cedo ou tarde ele se identificará, para acabar com a sua agonia. Ou você pode dizer algo como:
- Desculpe deve ser a velhice, mas...
Este também é um apelo à piedade. Significa “Não torture um pobre desmemoriado, diga logo quem você é!” É uma maneira simpática de dizer que você não tem a menor idéia de quem ele é, mas que isso não se deve à insignificância dele e sim a uma deficiência de neurônios sua.
E há o terceiro caminho. O menos racional e recomendável. O que leva à tragédia e à ruína. E o que, naturalmente, você escolhe.
- Claro que estou me lembrando de você!
Você não quer magoá-lo, é isso. Há provas estatísticas que o desejo de não magoar os outros está na origem da maioria dos desastres sociais, mas você não quer que ele pense que passou pela sua vida sem deixar um vestígio sequer. E, mesmo, depois de dizer a frase não há como recuar. Você pulou no abismo. Seja o que Deus quiser. Você ainda arremata:
- Há quanto tempo!
Agora tudo dependerá da reação dele. Se for um calhorda, ele o desafiará.
- Então me diga quem eu sou.
Neste caso você não tem outra saída senão simular um ataque cardíaco e esperar, falsamente desacordado, que a ambulância venha salvá-lo. Mas ele pode ser misericordioso e dizer apenas:
- Pois é.
Ou:
- Bota tempo nisso.
Você ganhou tempo para pesquisar melhor a memória. Quem é esse cara, meu Deus? Enquanto resgata caixotes com fichas antigas do meio da poeira e das teias de aranha do fundo do cérebro, o mantém à distância com frases neutras como “jabs” verbais.
- Como cê tem passado?
- Bem, bem.
- Parece mentira.
- Puxa.
(Um colega da escola. Do serviço militar. Será um parente? Quem é esse cara, meu Deus?)
Ele está falando:
- Pensei que você não fosse me reconhecer...
- O que é isso?!
- Não, porque a gente às vezes se decepciona com as pessoas.
- E eu ia esquecer você? Logo você?
- As pessoas mudam. Sei lá.
- Que idéia!
(É o Ademar! Não, o Ademar já morreu. Você foi ao enterro dele. O... o... como era o nome dele? Tinha uma perna mecânica. Rezende! Mas como saber se ele tem uma perna mecânica? Você pode chutá-lo, amigavelmente. E se chutar a perna boa? Chuta as duas. “Que bom encontrar você!” e paf, chuta uma perna. “Que saudade!” e paf, chuta a outra. Quem é esse cara?)
- É incrível como a gente perde contato.
- É mesmo.
Uma tentativa. É um lance arriscado, mas nesses momentos deve-se ser audacioso.
- Cê tem visto alguém da velha turma?
- Só o Pontes.
- Velho Pontes!
(Pontes. Você conhece algum Pontes? Pelo menos agora tem um nome com o qual trabalhar. Uma segunda ficha para localizar no sótão. Pontes, Pontes...)
- Lembra do Croarê?
- Claro!
- Esse eu também encontro, às vezes, no tiro ao alvo.
- Velho Croarê!
(Croarê. Tiro ao alvo. Você não conhece nenhum Croarê e nunca fez tiro ao alvo. É inútil. As pistas não estão ajudando. Você decide esquecer toda a cautela e partir para um lance decisivo. Um lance de desespero. O último, antes de apelar para o enfarte.)
- Rezende...
- Quem?
Não é ele. Pelo menos isso está esclarecido.
- Não tinha um Rezende na turma?
- Não me lembro.
- Devo estar confundindo.
Silêncio. Você sente que está prestes a ser desmascarado.
- Sabe que a Ritinha casou?
- Não!
- Casou.
- Com quem?
- Acho que você não conheceu. O Bituca.
Você abandonou todos os escrúpulos. Ao diabo com a cautela. Já que o vexame é inevitável, que ele seja total, arrasador. Você está tomado por uma espécie de euforia terminal. De delírio do abismo. Como que não conhece o Bituca?
- Claro que conheci! Velho Bituca...
- Pois casaram...
É a sua chance. É a saída. Você passa ao ataque.
- E não me avisaram nada?!
- Bem...
- Não. Espera um pouquinho. Todas essas coisas acontecendo, a Ritinha casando com o Bituca, o Croarê dando tiro, e ninguém me avisa nada?!
- É que a gente perdeu contato e...
- Mas o meu nome está na lista, meu querido. Era só dar um telefonema. Mandar um convite.
- É...
- E você ainda achava que eu não ia reconhecer você. Vocês é que esqueceram de mim!
- Desculpe, Edgar. É que...
- Não desculpo não. Você tem razão. As pessoas mudam...
(Edgar. Ele chamou você de Edgar. Você não se chama Edgar. Ele confundiu você com outro. Ele também não tem a mínima idéia de quem você é. O melhor é acabar logo com isso. Aproveitar que ele está na defensiva. Olhar o relógio e fazer cara de “Já?!”)
- Tenho que ir. Olha, foi bom ver você, viu?
- Certo, Edgar. E desculpe, hein?
- O que é isso? Precisamos nos ver mais seguido.
- Isso.
- Reunir a velha turma.
- Certo.
- E olha, quando falar com a Ritinha e o Mutuca...
- Bituca.
- E o Bituca, diz que eu mandei um beijo. Tchau, hein?
- Tchau, Edgar!
Ao se afastar, você ainda ouve, satisfeito, ele dizer “Grande Edgar”. Mas jura que é a última vez que fará isso. Na próxima vez que alguém lhe perguntar “Você está me reconhecendo?” não dirá nem não. Sairá correndo.
Este texto está nos livros As mentiras que os homens contam, Comédias da vida privada e O suicida e O computador.
Bjs
MaNa
Já deve ter acontecido com você.
- Não está se lembrando de mim?
Você não está se lembrando dele. Procura, freneticamente, em todas as fichas armazenadas na memória o rosto dele e o nome correspondente, e não encontra. E não há tempo para procurar no arquivo desativado. Ele está ali, na sua frente, sorrindo, os olhos iluminados, antecipando a sua resposta. Lembra ou não lembra?
Neste ponto, você tem uma escolha. Há três caminhos a seguir.
Um, o curto, grosso e sincero.
- Não.
Você não está se lembrando dele e não tem por que esconder isso. O “Não” seco pode até insinuar uma reprimenda à pergunta. Não se faz uma pergunta assim, potencialmente embaraçosa, a ninguém, meu caro. Pelo menos não entre pessoas educadas. Você devia ter vergonha. Não me lembro de você e mesmo que lembrasse não diria. Passe bem.
Outro caminho, menos honesto mas igualmente razoável, é o da dissimulação.
- Não me diga. Você é o... o...
“Não me diga”, no caso, quer dizer “Me diga, me diga”. Você conta com a piedade dele e sabe que cedo ou tarde ele se identificará, para acabar com a sua agonia. Ou você pode dizer algo como:
- Desculpe deve ser a velhice, mas...
Este também é um apelo à piedade. Significa “Não torture um pobre desmemoriado, diga logo quem você é!” É uma maneira simpática de dizer que você não tem a menor idéia de quem ele é, mas que isso não se deve à insignificância dele e sim a uma deficiência de neurônios sua.
E há o terceiro caminho. O menos racional e recomendável. O que leva à tragédia e à ruína. E o que, naturalmente, você escolhe.
- Claro que estou me lembrando de você!
Você não quer magoá-lo, é isso. Há provas estatísticas que o desejo de não magoar os outros está na origem da maioria dos desastres sociais, mas você não quer que ele pense que passou pela sua vida sem deixar um vestígio sequer. E, mesmo, depois de dizer a frase não há como recuar. Você pulou no abismo. Seja o que Deus quiser. Você ainda arremata:
- Há quanto tempo!
Agora tudo dependerá da reação dele. Se for um calhorda, ele o desafiará.
- Então me diga quem eu sou.
Neste caso você não tem outra saída senão simular um ataque cardíaco e esperar, falsamente desacordado, que a ambulância venha salvá-lo. Mas ele pode ser misericordioso e dizer apenas:
- Pois é.
Ou:
- Bota tempo nisso.
Você ganhou tempo para pesquisar melhor a memória. Quem é esse cara, meu Deus? Enquanto resgata caixotes com fichas antigas do meio da poeira e das teias de aranha do fundo do cérebro, o mantém à distância com frases neutras como “jabs” verbais.
- Como cê tem passado?
- Bem, bem.
- Parece mentira.
- Puxa.
(Um colega da escola. Do serviço militar. Será um parente? Quem é esse cara, meu Deus?)
Ele está falando:
- Pensei que você não fosse me reconhecer...
- O que é isso?!
- Não, porque a gente às vezes se decepciona com as pessoas.
- E eu ia esquecer você? Logo você?
- As pessoas mudam. Sei lá.
- Que idéia!
(É o Ademar! Não, o Ademar já morreu. Você foi ao enterro dele. O... o... como era o nome dele? Tinha uma perna mecânica. Rezende! Mas como saber se ele tem uma perna mecânica? Você pode chutá-lo, amigavelmente. E se chutar a perna boa? Chuta as duas. “Que bom encontrar você!” e paf, chuta uma perna. “Que saudade!” e paf, chuta a outra. Quem é esse cara?)
- É incrível como a gente perde contato.
- É mesmo.
Uma tentativa. É um lance arriscado, mas nesses momentos deve-se ser audacioso.
- Cê tem visto alguém da velha turma?
- Só o Pontes.
- Velho Pontes!
(Pontes. Você conhece algum Pontes? Pelo menos agora tem um nome com o qual trabalhar. Uma segunda ficha para localizar no sótão. Pontes, Pontes...)
- Lembra do Croarê?
- Claro!
- Esse eu também encontro, às vezes, no tiro ao alvo.
- Velho Croarê!
(Croarê. Tiro ao alvo. Você não conhece nenhum Croarê e nunca fez tiro ao alvo. É inútil. As pistas não estão ajudando. Você decide esquecer toda a cautela e partir para um lance decisivo. Um lance de desespero. O último, antes de apelar para o enfarte.)
- Rezende...
- Quem?
Não é ele. Pelo menos isso está esclarecido.
- Não tinha um Rezende na turma?
- Não me lembro.
- Devo estar confundindo.
Silêncio. Você sente que está prestes a ser desmascarado.
- Sabe que a Ritinha casou?
- Não!
- Casou.
- Com quem?
- Acho que você não conheceu. O Bituca.
Você abandonou todos os escrúpulos. Ao diabo com a cautela. Já que o vexame é inevitável, que ele seja total, arrasador. Você está tomado por uma espécie de euforia terminal. De delírio do abismo. Como que não conhece o Bituca?
- Claro que conheci! Velho Bituca...
- Pois casaram...
É a sua chance. É a saída. Você passa ao ataque.
- E não me avisaram nada?!
- Bem...
- Não. Espera um pouquinho. Todas essas coisas acontecendo, a Ritinha casando com o Bituca, o Croarê dando tiro, e ninguém me avisa nada?!
- É que a gente perdeu contato e...
- Mas o meu nome está na lista, meu querido. Era só dar um telefonema. Mandar um convite.
- É...
- E você ainda achava que eu não ia reconhecer você. Vocês é que esqueceram de mim!
- Desculpe, Edgar. É que...
- Não desculpo não. Você tem razão. As pessoas mudam...
(Edgar. Ele chamou você de Edgar. Você não se chama Edgar. Ele confundiu você com outro. Ele também não tem a mínima idéia de quem você é. O melhor é acabar logo com isso. Aproveitar que ele está na defensiva. Olhar o relógio e fazer cara de “Já?!”)
- Tenho que ir. Olha, foi bom ver você, viu?
- Certo, Edgar. E desculpe, hein?
- O que é isso? Precisamos nos ver mais seguido.
- Isso.
- Reunir a velha turma.
- Certo.
- E olha, quando falar com a Ritinha e o Mutuca...
- Bituca.
- E o Bituca, diz que eu mandei um beijo. Tchau, hein?
- Tchau, Edgar!
Ao se afastar, você ainda ouve, satisfeito, ele dizer “Grande Edgar”. Mas jura que é a última vez que fará isso. Na próxima vez que alguém lhe perguntar “Você está me reconhecendo?” não dirá nem não. Sairá correndo.
Este texto está nos livros As mentiras que os homens contam, Comédias da vida privada e O suicida e O computador.
Adorei essa Crônica!!!! Quem me indicou foi A insana, uma grande amiga minha. Espero que gostem!
Bjs
MaNa
domingo, 4 de setembro de 2011
O Homem do Futuro
Sinopse: Zero é um cientista genial, porém infeliz, que odeia a própria vida. Há 20 anos, foi humilhado publicamente na faculdade e perdeu o grande amor de sua vida, Helena. Prestes a ser demitido, Zero aciona, antes de totalmente concluído, o acelerador de partículas mais barato do mundo. O experimento fracassa, mas Zero acidentalmente volta ao passado e se vê diante da chance de alterá-lo. Minha opinião: Amei o filme !!!!!!! Muito bom mesmo! Engraçado sem apelação, perfeito!!!! Bjs MaNa |
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