Desci do céu escuro.
Respirei o ar que vinha da alma.
Retornei ao fundo do corpo lunar.
Dormir enquanto os raios refletiam o chamado do dia.
Desci do céu claro.
O dia nascia aos poucos.
As cores se misturavam.
Os olhos vertiam lágrimas de sonhos recem despertados.
Então voltei a dormir, nos pequenos raios do dia.
Desci do céu a tarde.
A alegria me fazia viver.
A correria me fazia cansar.
Então retornei a uma nuvem vazia.
Dormir enquanto esperava o sol dizer adeus ao dia.
Desci do céu avermelhado.
Da cor do Sangue que jorra do corpo.
O lamento e a alegria de uma criança nascendo.
Uma vida se esvaindo por entre os dedos.
E a imagem mais bela que o céu apresentou.
Perdi-me nas cores do infinito.
Esperando que o céu em que nasci,
Fosse o mesmo céu que todos os dias voltei a dormir.
Em suas diferentes verções,
Percebi as semelhanças encontradas em mim.
Fui, sou e serei, os céus em que um dia habitei.
O sonho de que jamais acordei.
Bjs
MaNa