sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Amor e Dor


Porque o amor doí tanto?
Juro que eu queria entender.
Não consigo suportar a dor que sinto nesse momento.
É como se o peito se arrebentasse toda vez que vejo o amor de frente.
Que as risadas que ele me traz me arranhassem e batessem ao mesmo tempo que é perfeito.
É como se a alma quisesse sair do corpo e pedir socorro.
Seus lábios me pedem pelo beijo que jamais te darei.
Suas mãos parecem sussurrar para as minhas.
Porém é obvio que é tudo imaginação.
É apenas o meu corpo que clama pelo seu.
Não importa quantas vezes eu o veja ir embora.
A dor é sempre a mesma. Ela rasga.
Ela mata.
O tempo passa, eu não lhe vejo  mais, e penso que o superei.
Que acabou.
Mas é só ver você novamente que o coração dispara.
Que eu percebo a atração.
Faço tudo errado e sei que as vezes nem sou eu mesma.
Viro alguém desinteressante, chata.
Mas é o meu corpo se protegendo.
Se protegendo da dor que ele sabe que virá no momento em que percebe sua presença.
Se protegendo do prazer que  vem só com o fato de estar junto de você.
Porque tudo acaba no final sem meu  corpo satisfeito.
Com meu coração chorando.
Marcas roxas e arranhões pela alma.
E o rosto que eu tanto enterrei, tão presente na minha vida.
Tão perfeitamente gravado como numa foto.
Volta para minha mente.
Causando tanta dor que quero gritar.
Grito por dentro.
E por fora um sorriso.
Um sorriso lindo que esconde o que realmente sinto.
O que mudaria tudo entre nós se você soubesse.
Pois provavelmente você mudaria comigo.
Nunca seria o mesmo... Eu acho.
Nem eu poderia lhe encarar novamente.
Então apenas sorrio.
Esperando que o sorriso consiga cobrir o amor que começo a enterrar e prender dentro de mim.
Que não vou deixar sair.
Pelo menos mais uma vez vou tentar.
Tentar te esquecer.
Mesmo que no fundo eu saiba, que só precisarei lhe ver.
Para que tudo se solte
A dor retorne
E o corpo se machuque em silêncio aguentando a nunca demonstrada rejeição.

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