sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Último dia de Minha Vida




Você já parou para pensar que hoje poderia ser o último dia de sua vida?

Eu estava andando de ônibus quando comecei a me distrair e a refletir sobre o que aconteceria se eu morresse ali. Se alguém entrasse no automóvel e erguesse uma arma ensandecido e  matasse todos os passageiros. Comecei a pensar o que aconteceria no dia seguinte. Haveria manchetes sobre o massacre? Provavelmente. Falariam de mim em especial? Dificilmente.

As pessoas veriam o jornal e algumas pensariam “Coitados, uma calamidade” outros provavelmente nem ligariam, mudariam de canal ou virariam a página. Só mais algumas mortes no mundo. Que diferença isso faria? Nada.

Minha família e a das vitimas chorariam por um tempo. Uns ficariam devastados outros apenas indignados, porém com o tempo tudo iria melhorar. Com o tempo eu seria uma lembrança quase esquecida.

As pessoas que leram o jornal ou o assistiram na TV sobre a nossa morte, nem sequer se importariam mais. Não pensariam no assunto. Ninguém iria se importar com o que aconteceu, com a menina morta no evento do ônibus.

Ninguém saberia de meus anseios. Ninguém se importaria com os meus sonhos que jamais seriam realizados. Eu jamais seria escritora e muito menos jornalista. E quanto aos outros? Meu Deus eu ainda nem falei dos outros! E o que cada um naquele transporte lotado perdeu? E a mulher que não iria viajar? E o homem cansado de trabalhar? Sou tão egoísta que ainda nem tinha pensado neles, sou igual a todo mundo uma grande egoísta. Isso porque cada um tem sua vida e não se envolve com a do próximo.

Talvez naquele ônibus houvesse o futuro maior medico do mundo. Talvez existisse alguém que corria para salvar o planeta. Ou talvez ali houvesse pessoas com desejos mais singelos, mas não menos importantes, como levar comida para os filhos em casa. Havia pessoas. Havia vidas e principalmente: Havia sonhos que nunca seriam realizados, havia desejos que poucos teriam conhecimento. No jornal apareceria o cru. Se aparecesse. O jornal não falaria de mim. Não diria que eu queria ser jornalista e muito menos escritora. Não contaria de meus sonhos, nem nada do que já pensei importaria naquele momento. Minha vida seria esquecida, assim como a de todo mundo que estava ali. Talvez houvesse uma notinha para emocionar o público. Mas mais nada.  Seria o fim. É ai que noto o quanto somos insignificantes.  O quanto somos tolos por não corremos atrás do que queremos. O quanto é impressionante que passemos por uma pessoa na rua e não paremos para nos conhecer. Perguntar quem é ela.  Sem nenhum compromisso de amizade, apenas uma vontade crescente de saber quem somos. 
 Não nos importamos com nada que não seja nós mesmos ou aqueles próximos a nós.

Graças a Deus nada aconteceu. Não morri. Não houve um assassinato em massa. Eu ainda posso realizar meus sonhos, eu ainda posso conhecer as pessoas e me admirar com elas, minha existência ainda está de pé. Tenho fé que um dia as pessoas vão notar o quanto precisamos uns dos outros, que somos um quebra cabeça que jamais foi montado. Uma peça precisa do outra peça, pois de peça em peça eu monto um mapa, monto conhecimento e da insignificância individual formamos uma significância gigantesca.  Apenas uma criada pelos sonhos jamais esquecidos de cada um.

Bjs
MaNa

Um comentário:

Pâmela disse...

Oie! Td bem? Não sei se vc lembra, mas vc seguia o meu outro blog o "Sweet Dream" e eu por aquele seguia o seu tbm ^^ Bem, eu fiz a algum tempinho um outro blog, mais ou menos parecido com aquele q perdi a senha e tals, e dai achei vc agora. Enfim, estou seguindo o seu blog novamente pq como você já sabe ele é lindo e eu adoro ele >.< e slá, espero q vc acompanhe esse blog também! Bjoos